B. Pascal, 1623-1662
Já grande demais para voltar à bolsa
e apenas um mindinho ao desejo de recolher tudo
na saca vazia de mamona que o avô me premiou
Vá ao diabo esse sertão de puro nada, sem galha
ou prece, nas cancelas de nenhum pau ou burro a passar
Eu não sei por onde torna, fino demais para o braço
e a gente manda chover e só chove onde não se ó
Gastei toda a sorte em saber o nome das ruas
e o dono dos nomes das ruas, e a vida para além dos dons
Que outro maldito polo, porque em tudo não se chega
Tudo é a carga de uma barca que nunca sai
Não se volta, nem se sai.
Devo ser o encaixe das melancias
deve ser a curva de um galho pra não tombar
Devo ser o quebra-mola de uma estrada para o norte
em que o pneu do mundo passa
e não se pode saber de quem
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