quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Comentário sobre os últimos comentários



 Puxa, como isto bole na gente! A discussão aqui é das melhores e o que vocês me disseram deram um belo nó, cujo processo de fazer e desfazer pode ser o agrado de anos. Penélope nos ensinou desde as bases do pensamento ocidental como deveríamos proceder com as questões mais elementares e qual a paciência de reflexão tomaríamos ao tecer panos inacabáveis, ainda que inúmeros aspirantes - as opiniões - exigissem uma solução imediata. Se podemos crer que um conceito verdadeiro possa vir qual Ulisses em seu regresso, de espada em punho, talvez valha a pena a pergunta por qual tipo de "heroi" e qual tipo de "verdade" desejaríamos: uma definitiva, de reino perpétuo, ou uma que permitisse outros tecelões e outros regressos?

O problema de muitas religiões, tal como se apresenta e do modo como alguns as vivenciam, é a escolha pelo primeiro Ulisses, pois pelo preceito básico de que a própria crença se vincula a um ponto universal, logo aqueles que estiverem fora dela estão equivocados, uma vez que participam do universo envolvido. O toque para o que vem, seja aos religiosos ou não-religiosos, seja a qualquer vínculo que trapaceie com as diferenças (foi o meu caso com a matéria do jornal), é um tipo de Ulisses que não exclua, tampouco inclua, mas possibilite. O que eu achei ótimo no comentário de Reinofy foi isto: talvez as religiões precisem agora de mais ateísmo, sim, muito ateísmo, para deixar Deus livre para todos.

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